Na manhã desta sexta-feira (3), há dois dias da celebração do Dia da Amazônia, a Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM-Brasil e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizaram uma celebração em Ação de Graças pelo Dia da Amazônia. A celebração foi presidida pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portela Amado, na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB, em Brasília (DF).   

Participaram da celebração a diretora executiva da REPAM-Brasil, Ir. Maria Irene Lopes, os colaboradores da Rede e da CNBB, além de convidados.  

Durante a celebração eucarística, dom Joel afirmou que para celebrar o Dia da Amazônia devemos “olhar a Amazônia com tudo aquilo que ela tem e representa e (…) fazer em nossos corações surgir essa atitude de ação de graças”.  

Dom Joel destacou exemplos do descompasso diante da criação, como a devastação ambiental, as agressões aos povos amazônicos e sua diversidade e a falta de oxigênio na pandemia. 

“Se o criador nos deu esse presente tão amoroso, tão detalhado, porque, afinal de contas, nós encontramos situações que nos apavoram quando nós olhamos a mesma realidade da Amazônia, quando nós alargamos o nosso olhar para os outros biomas e quando nós olhamos para o mundo inteiro?”, questionou dom Joel. 

A presença de Cristo e as belezas Amazônicas

Citando o Evangelho de hoje (Lc 5, 33-39), dom Joel explica que ali está uma resposta muito clara. O bispo compara o povo que, tendo o Cristo presente preferiu “se manter nas suas opções, naquilo que vinham seguindo há séculos”, com a realidade atual a contemplação do bioma Amazônico.    

“Assim como nós contemplamos a beleza, a grandeza, no caso do bioma amazônico, meio ambiente e pessoas – respeitadas as devidas proporções, é claro – o povo daquele tempo já tinha visto os milagres de Jesus. Aquelas pessoas estavam tão agarradas em uma determinada maneira de ver, que não reconheceram a presença do Verbo feito carne, não reconheceram a presença de Deus”, situou. 

Para dom Joel o mundo parece estar “mergulhado numa lógica de espoliação, numa lógica que privilegia o lucro que não percebe as belezas presentes no bioma amazônico, nos povos, na solidariedade, na comunhão, na partilha. E preferem, apesar de tudo, manter-se naquilo que acreditam: devastando as florestas, com as queimadas, agredindo e tirando os direitos mínimos necessários dos povos que lá estão”. 

Compromisso com a Querida Amazônia

Como compromisso da celebração do Dia da Amazônia, dom Joel sugeriu ler ou reler a exortação apostólica pós-sinodal Querida Amazônia e os quatro sonhos indicados pelo pontífice – sonho social, cultural, ecológico e eclesial. “Inspirados naquilo que o Santo Padre Francisco disse para nós nos quatro sonhos: não percamos o sonho. Um sonho que se traduz em atitudes, em ações muito concretas na defesa, no caso hoje, da Amazônia, com seu meio ambiente, seus povos, suas culturas. Não achemos que é um trabalho grande, porque somos instrumentos na mão de Deus”, finalizou.  

Assista ao vídeo e acompanhe a celebração em Ação de Graças pelo Dia da Amazônia: 

 

Plantio de ipês

Ao final da celebração, houve uma procissão com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia, uma benção e o plantio das mudas de ipês no jardim da sede da CNBB e no Centro Cultural Missionário (CCM), onde está sediada a Secretaria Executiva da REPAM-Brasil, ambos em Brasília (DF). 

*Comunicação REPAM-Brasil com informações da CNBB 

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