A pandemia da Covid-19, que estourou pouco depois da publicação da exortação pós-sinodal Querida Amazônia, que está completando dois anos, é vista por Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira como um fator decisivo para afirmar que “nós aqui na Prelazia de Itacoatiara, não conseguimos avançar muito”. 

Segundo o bispo, as diferentes crises provocadas pela pandemia, que na Prelazia de Itacoatiara já causou mais de 500 mortes, fez com que “tiveram que ser suspendidas todas nossas atividades presenciais”, pode ser visto como um dos motivos que tem provocado. 

Diante dessa realidade, Dom Ionilton afirma que “nós trabalhamos através das redes sociais, fizermos várias lives de formação sobre o Documento Final, sobre Querida Amazônia, usamos bastante nas nossas homilias, reflexões, encontros e também através dos programas de rádio que a Prelazia tem durante a semana e também aos domingos”. 

Junto com isso, o bispo da Prelazia de Itacoatiara destaca que “também a Prelazia esteve sempre em sintonia com a caminhada do Regional Norte1 nas suas reflexões e estudos com os bispos da Amazônia brasileira, que estiveram reunidos virtualmente para analisar há pouco tempo a caminhada pós-sinodal nesses dois anos do Sínodo”. 

Em verdade, afirma Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, “a gente tem uma certa dificuldade ainda, existe uma certa resistência por parte de muitas pessoas, por parte de alguns irmãos do clero e também por parte de algumas pessoas da caminhada laical, que apesar de tudo o que foi feito no pre-sínodo, ainda permanecem muito resistentes às principais propostas que foram sugeridas, discutidas, aprovadas e confirmadas pelo Papa Francisco na Querida Amazônia”. 

Nessa conjuntura, o bispo insiste em que “nós continuamos aqui tentando levar adiante esses 4 grandes sonhos do Papa Francisco, que são os sonhos do Sínodo: o sonho social, o sonho cultural, o sonho ecológico e o sonho eclesial”. Para isso, “nós organizamos, a partir de uma proposta da REPAM, um grupo que se chama multiplicadores do Sínodo, tem um padre, tem uma religiosa, tem leigos, e fazem um esforço danado para tentar criar essa sensibilização de envolver a questão do Sínodo na liturgia, na catequese, nas atividades de festa de padroeiro, e assim por diante, mas ainda é um processo bastante lento”. 

Luís Miguel Modino/Comunicação Regional Norte I  

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