O projeto Guardiões Ambientais Ribeirinhos realizou, entre os dias 19 de 20 de março, o módulo de abertura do curso de formação dos Guardiões Ambientais Ribeirinhos 2022. A terceira turma do curso conta com a participação de 45 cursistas. Entre acadêmicos e estagiários da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), dos cursos de Ciências Ambientais e Relações Internacionais, guardiões de turmas anteriores, convidados e integrantes da equipe. 

Foram dois dias de reflexões, troca de informações, místicas, animação e incentivos para o empoderamento de mulheres e homens da Amazônia. 

O professor Benedito Queiroz de Alcântara, representante da REPAM-Brasil no Amapá, iniciou o módulo com uma mística de acolhimento. Em seguida a doutora e pesquisadora, lnny Accioly, da Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ), interagiu com a temática do módulo de abertura abordando a realidade socioambiental, com suas problemáticas e tensões mais emergentes, como a contaminação dos rios, as ameaças às comunidades tradicionais. 

lnny Accioly provocou o grupo a partir dos questionamentos: o que queremos ensinar para o mundo? Como mesmo em lugares remotos da Amazônia podemos e devemos agir para a preservação da natureza? 

Bárbara da Costa Amoras, mestranda em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), falou sobre o descarte inadequado do lixo, um dos grandes problemas ribeirinhos, e apontou como possíveis soluções a reciclagem e a compostagem.  

O grupo de dança da Associação de Mulheres Extrativistas do Rio Maniva encerrou as reflexões do primeiro dia com uma apresentação do Carimbó, manifestação cultural do Pará. Os participantes também foram convidados a partilhar a cultura ribeirinha e a assistir ao filme “Amazônia Sociedade Anônima”, que trata da demarcação de terras indígenas no Pará.  

No domingo (20), o grupo finalizou o módulo com um gesto concreto pela Amazônia: o plantio de uma árvore de açaí, planta nativa da região que representa a identidade local e é fonte de alimento e renda para a população ribeirinha.  

Guardiões Ambientais Ribeirinhos 

A iniciativa é desenvolvida pelo Instituto de Educação Amapá Pará (IEAP), situado na comunidade ribeirinha do Furo dos Chagas – Ilha do Pará, município de Afuá, na fronteira do Amapá com o Pará, em parceria com a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), UNIFAP, Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Dom Luciano Mendes (OLMA) e Diocese de Macapá. 

*Comunicação REPAM-Brasil com informações da coordenação do projeto e OLMA  

 

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