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Nesta segunda-feira, 4 de março, os bispos de seis dioceses da Igreja Católica no Estado do Tocantins publicam nota de conhecimento, esclarecimento e agradecimento sobre a causa indígena. No documento os bispos manifestam sua “proximidade humana, eclesial e espiritual à causa indígena” e pede ao CIMI “que se una a nós nas iniciativas pastorais de nossas Dioceses e Paróquias, na evangelização de nossos indígenas, sobretudo daqueles que se declaram católicos”.  

Assinam a nota Dom Pedro Brito Guimarães, arcebispos de Palmas e vice-presidente da REPAM-Brasil, Dom Philip Dickmans, bispo de Miracema, Dom Giovane Pereira de Melo, bispo de Araguaína e Administrador Apostólico de Tocantinópolis, Dom Wellington Vieira de Queiroz, bispo de Cristalândia, e Dom José Moreira da Sliva, bispo de Porto Nacional.  

Leia abaixo a íntegra ou acesse AQUI 

NOTA DE CONHECIMENTO, ESCLARECIMENTO E AGRADECIMENTO  

“A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). 

Nós, bispos das seis Dioceses, da Igreja Católica, no Estado do Tocantins, por meio desta, expressamos os nossos mais profundos e sinceros sentimentos de apreço e os nossos compromissos com a defesa da vida de nossos povos, de todas as configurações humanas, especialmente, os povos indígenas. E com a verdade de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida plena e em abundância para todos (Jo 14,6;10,10), afirmamos o quanto segue: 

  1. Manifestamos, antes de tudo, a nossa proximidade humana, eclesial e espiritual à causa indígena, raiz da nossa cultura, da nossa espiritualidade, do nosso amor e bem-viver, em harmonia com a natureza, a nossa Casa Comum.  
  2. Confirmamos que o CIMI/GO-TO não será fechado. No entanto, confirmamos que o mesmo está sob regime de intervenção, em conformidade com o Estatuto do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), Órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).  
  3. Reafirmamos que a referida intervenção não foi causada por nós, bispos, e nem também da carta que escrevemos ao CIMI. Portanto, pedimos que não tiremos o foco dos motivos desta intervenção. E para qualquer pedido de esclarecimento que, por ventura, desejarem, dirijam-se diretamente ao próprio CIMI ou à Equipe responsável pela intervenção.  
  4. Pedimos que a Equipe de intervenção, para conduzir bem o seu trabalho, encontre um clima humano, sadio, sereno e acolhedor, através da escuta, do diálogo, do respeito, da colaboração, da correção fraterna e do perdão, quando se fizer necessário.  
  5. Pedimos igualmente que a Equipe de coordenação, anterior à intenvenção, acolha a nova Equipe em espírito de humildade, respeito e colaboração. E que as duas Equipes construam laços fortes de amizade social, de colaboração fraterna e de compromisso com as causas dos nossos queridos povos indígenas de todas as Etnias do nosso Tocantins. 
  6. E, por fim, pedimos ao CIMI que se una nós nas iniciativas pastorais de nossas Dioceses e Paróquias, na evangelização de nossos indígenas, sobretudo daqueles que se declaram católicos. 

Rezamos pelo bom êxito desta intenvenção. E que, o quanto antes, o CIMI/GO-TO volte a sua normalidade institucional e missionária. 

Contem todos com a nossa estima fraterna e oração. E recebam todos a nossa bênção. 

Dom Pedro Brito Guimarães, arcebispo de Palmas
Dom Philip Dickmans, bispo de Miracema
Dom Giovane Pereira de Melo, bispo de Araguaína e Administrador Apostólico de Tocantinópolis
Dom Wellington Vieira de Queiroz, bispo de Cristalândia
Dom José Moreira da Sliva, bispo de Porto Nacional  

Palmas – TO, 04/03/2024 

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