Animação, partilha e expectativas tomam conta dos primeiros momentos da atividade que reúne cerca de 40 pessoas.

15/05/2018 08:16

“Vocês foram escolhidos para se vincularem, participarem da mesma missão de Jesus”. Com essas palavras, na celebração eucarística de abertura, padre Jaime Luiz Gusberti deu início, na noite dessa segunda-feira (14), ao reencontro de missionários e missionárias que atuam na Amazônia. Cerca de 40 pessoas participam da atividade que pretende avaliar, partilhar experiências, estudar e  projetar a atuação de futuros missionários para a Amazônia. O evento acontece no Centro Cultural Missionário/CCM, em Brasília, e é organizado pela Comissão Episcopal para a Amazônia/CEA da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB, Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil e CCM.

A celebração foi presidida pelo padre Jaime e concelebrada por dois missionários estrangeiros que fazem curso de português no CCM. Durante a homilia, o presidente da celebração lembrou aos missionários da Amazônia do vínculo que Jesus espera deles: amizade e fraternidade. “Jesus quer que se unam a ele como amigos e irmãos. Ele quer cultivar essa amizade para que produza frutos e em abundância”, afirmou Jaime. De acordo com o padre há ainda uma exigência de Jesus aos missiónários de serem bons samaritanos. “ É preciso fazer-se próximo dos excluídos, abandonados, marginalizados. Fazer-se próximo do caído é tornar prática aquilo que Jesus ordena: ‘amai-vos uns aos outros como eu vos amei’. Um desafio, principalmente quando somos tentados a não viver essa fraternidade”, concluiu padre Jaime.

O reencontro é realizado com missionários e missionárias que fizeram, ao longo dos últimos anos, curso de preparação para atuarem na Amazônia. Agora, é uma oportunidade de se reverem, partilharem experiências, sonhos e desafios que vêem enfrentado e contribuírem para a formação de futuros missionários. Ir. Irene Lopes, assessora da CEA e secretária executiva da REPAM-Brasil, coordenou, após a missa de abertura, um momento de partilha e apresetação. Os diferentes olhares, sorrisos, pés e mãos puderam se reconhecer e entrosar numa grande teia que será tecida até o próximo domingo (20).

Para o padre Massimo Ramundo, missionário comboniano que há cerca de 10 anos atua na Amazônia, o encontro é uma oportunidade de trocas e partilhas. “Nossa atuação precisa ser partilhada para crescermos e aprendermos sempre mais”, destacou o padre. Ir Ângela Moraes nasceu na Amazõnia, em meio a floresta, no estado do Pará. A expectativa dela para o reencontro é que, nas partilhas, possa aprender mais sobre a missão nas áreas urbanas. “Quero poder contribuir mais na missão urbana na Amazônia e ajudar meus irmãos a entenderem que a cidade também é Amazônia”, reforçou a religiosa.

A programação da atividade prevê análise de conjuntura, com olhar especial para a Amazônia, avaliação das formações que tiveram antes de seguirem para as missões, estudo e contribuições com o Documento de Estudo 100 da CNBB “Missionários/as para a Amazônia, palestras e retiro.  Haverá, ainda, um momento específico para ser discutido o Sínodo para a Amazônia e de como os missionários e missionárias podem contribuir junto às bases. Esse momento será conduzido pelo Cardeal Cláudio Humes, arcebispo emérito de São Paulo/SP, presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM e presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia/CEA da CNBB.

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