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O Ato dos Mártires da Floresta Amazônica foi um dos pontos altos do X Fórum Social Pan-Amazônico (FOSPA). Com a participação de mais oitocentas pessoas, o Ato homenageou vinte mártires dos países da Pan-amazônia e dos estados da Amazônia brasileira, pessoas que dedicaram suas vidas em defesa da floresta. Uma homenagem especial também foi feita aos povos indígenas, os grandes mártires da Amazônia.

A histórica celebração iniciou com apresentação das Suraras do Tapajós e uma homenagem às vítimas da Covid-19. Antes do início do ato foi colocado um panô para que as pessoas pudessem escrever os nomes de familiares e amigos que morreram de COVID-19. Este panô com os “Mártires da Covid-19” abriu as homenagens aos Mártires.

Foto: Mídia Ninja

Alcidema Magalhães e José Francisco dos Santos Batista, do Comitê Dorothy foram os apresentadores do evento e trouxeram a importância deste momento no X Fórum Social Pan-Amazônico: “A Amazônia não tem tempo para esperar. A situação da Amazônia é uma emergência global. Portanto, precisamos do esperançar que age, revoluciona e tem esperança por mudar a história da Amazônia. A maior floresta tropical do planeta pede socorro. E nosso esperançar tem que ser revolucionário. Temos que nos unir para lutar em defesa da Amazônia”.

Ao som dos tambores das Suratas do Tapajós, estandartes para cada um dos mártires da floresta amazônica foram sendo conduzidos ao palco, sob a voz altiva da plateia de: “Presente! Presente! Presente!”.

Mameto Nagetu fez uma acolhida, em nome de todas as representações religiosas, aos mártires homenageados. Num discurso acalorado sobre a importância da luta dos mártires, como inspiração para que todos lutem em defesa da Amazônia.

Foram exibidos pequenos vídeos sobre a vida dos mártires da Pan-Amazônia homenageados e o grupo de Dança IAÇÁ da Igreja Evangélica de Confissão Luterana e o grupo de Atabaques do terreiro de MametoNangeto se apresentaram, levantando a plateia que dançou e cantou junto com os artistas.

Celebração às margens do Rio Guamá. Foto: Mídia Ninja

Os participantes receberam o livreto: Mártires da Floresta Amazônica, uma publicação com breve biografia de cada um dos mártires homenageados e seguiram em cortejo até às margens do Rio Guamá, onde o Ato foi encerrado com uma ampla roda de Carimbó esperançado e celebrando a vida de todos os mártires da floresta amazônica e todos os povos da pan-amazônia.

O evento foi organizado pelo Grupo Articulação Ecumênica e inter-religiosa para o X Fospa. (Fonte: Kátia Visentainer – Tapiri Ecumênico Inter-religioso)

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