Certificação de propriedades avança sobre terras indígenas no Maranhão, beneficiando empresas e fazendeiros

No Maranhão, povos que aguardam há décadas a demarcação de suas terras tradicionais viram, nos últimos anos, a pressão de fazendeiros e empresários sobre seus territórios aumentar consideravelmente, facilitada por medidas do governo federal. Entre 2019 e o final de 2020, 83 propriedades privadas foram certificadas sobre terras indígenas no estado.

Ameaça para a Amazônia

Como bispos brasileiros da Amazônia, estamos indignados com as propostas do marco temporal e do Projeto de Lei PL490 que ameaçam toda a vida na Amazônia brasileira. Se as mudanças legais propostas forem aprovadas, as terras indígenas serão abertas à mineração, ao agronegócio, à pecuária e à construção de barragens, pondo efetivamente fim aos direitos dos povos indígenas concedidos pela Constituição Brasileira.

Na ONU, Apib e Cimi denunciam medidas anti-indígenas e questionam governo brasileiro

Em declaração conjunta durante a 14ª Sessão do Mecanismo de Peritos sobre Direitos dos Povos Indígenas da ONU (EMRIP), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) denunciaram nesta quarta (14) medidas do governo brasileiro e do Congresso Nacional que atacam os direitos dos povos indígenas no Brasil, como o Projeto de Lei (PL) 490/2007, que na prática inviabiliza demarcações de terras indígenas, e a tese do marco temporal.

Usina de Belo Monte eleva em até três vezes a emissão de gases de efeito estufa na região amazônica, sugere estudo

A implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, aumentou em até três vezes as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na região amazônica. As conclusões são de um estudo coordenado pela Instituto de Geociências (IGc) da USP, em parceria com a Universidade de Linköping, na Suécia, a Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e a Universidade Federal do Pará (UFPA).

Em nota, bispos do Maranhão alertam sobre o crescimento dos conflitos agrários

No domingo, 11 de julho, mais um trabalhador rural foi vítima fatal dos conflitos do campo no Maranhão: o camponês José Francisco de Sousa Araújo, o “Vanu”, de 41 anos, pai de cinco filhos, todos menores de idade. Consternados com mais um caso de violência e preocupados com a situação dos trabalhadores do campo, Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Caxias, Dom José Valdeci, bispo de Brejo, juntamente com Dom Sebastião Bandeira, bispo de Coroatá e presidente do Regional Nordeste 5 da CNBB, reuniram-se de modo virtual, e deste encontro, divulgam nota oficial.